7 de novembro de 2012

desafio Depressa que não se faz tarde

1) A Poem
Eu sei. Lá fora a chuva cai.
Não sei. Cá dentro a chuva cai.
Será de mim, que choro por dentro? Será da chuva que jorra por fora?
Terei ainda alento, para acariciar a vidraça que demora.
Não sei. Lá fora a chuva cai indolente.
Cá dentro a chuva vai ficar doente.
Talvez deva comprar um balde, um qualquer recipiente que me acolha a alma e a chuva que se entorna no chão da salinha decorada de brocados e damascos e afins, mas ela não sai, nem cai. A chuva que insiste em doer-me nos lábios que te dizem que me amam a nós.
Eu sei. Lá fora a chuva cai.
Não sei. Cá dentro só se sai se não chover.
E vivo disto. Vivo nisto de amar a chuva e de amar o sol no meu código de genes de escrita cuneiforme.
Vivo nisto da noite e do dia. A agonia.

By Dedinho

2 comentários:

gralha disse...

Ah, Dedinho! Uí miçed iu sou matche :D

Anónimo disse...

MAIS. MAIS. MAIS.