i'm trying to catch a dream, o meu sonho, my dreaming.
E eu sempre fui uma mulher mais de sonhos que de pesadelos, que esses são para os outros, os que não ambicionam coisas boas e plenas de brilho para si.
Sempre fui de ambicionar aquilo que desejo e de desejar o que ambiciono.
Vai daí, decidi correr atrás dele, do meu sonho e escrever até que os joelhos me doam e sangrem por de dentro do que tenho de mais fundo e que é a escrita.
Não importa o quê, pois que escrever é o que me acalenta e me esquenta, quando não esfrego o chão da cozinha com palha de aço, passo a ferro, enquanto vejo o csi me amie, ou mergulho a mão em água incandescente com sonasol verde.
Eu sou, e vocês que me seguem há tantos anos sabem-no certamente, uma mulher das letras.
Se outros atributos tenho, como ser mãe da condessa, que me põe tensa e do barão, foge que te fazem cão e ser mulher do marido (os grandes amores e pesadelos da minha inteira vivência existencial), é o atributo literário que me provoca frémitos de vapor e me lança nos braços do criativismo, em detrimento da tábua de engomar.
Por isso quero agarrá-lo com quantas forças e vontades me consomem. Por isso quero fazer da escrita a minha vida e ficar sentada num qualquer café, cervejaria, ou marisqueira, com o meu computador de colo, ou molesquino, a criar metas temporais e ficcionadas. A brincar com os personagens e seus enlevos do enredo, trocar vírgulas por pontos finais e a sonhar que um dia estarei na Grande Maçã, qual Carrie Bradshaw, mas sem a roupa de palhaça, que eu não sou de ligar a tendências da moda, com uma nanny que me tome conta da Condessa e do Barão e dedicar-me inteiramente ao meu reconhecimento e ao reconhecimento alheiro.
Sim, eu vou seguir o meu sonho e ninguém irá impedir-me de o fazer.
Eu tenho um sonho e vós que tendes, além de partículas de ar nas vossas fossas nasais?
Ah, pois é, bem me parecia. A invejinha é soooooo boring
Agora vou ali ficcionar mais 2100 caracteres até ir bater a sopa e já venho.
Tired, but happy